Tráfego Falso: o que é, como surgiu e como evitar

O tráfego falso é uma prática fraudulenta que envolve a geração artificial de visitas em um site ou plataforma online. Essas visitas não são geradas por usuários reais, mas sim por bots ou programas automatizados que simulam o comportamento humano. Essa estratégia busca enganar os sistemas de análise de tráfego, levando à métricas infladas e distorcidas.

De acordo com um estudo da empresa de segurança digital Imperva, o tráfego falso representa cerca de 24% de todo o tráfego na internet. Isso significa que quase um quarto das visitas em sites e plataformas pode ser proveniente de bots ou atividades fraudulentas, em vez de usuários reais.

Fonte: www.conversion.com.br

Além disso, o relatório “The State of Digital Advertising Fraud 2021” da White Ops e da ANA (Association of National Advertisers) revelou que o tráfego falso em anúncios digitais resultou em prejuízos de aproximadamente US$ 5,8 bilhões em todo o mundo no ano de 2020.

Esses dados destacam a gravidade do problema do tráfego falso e a necessidade de implementar medidas efetivas para combatê-lo. É fundamental que empresas e profissionais de marketing estejam cientes dessas práticas fraudulentas e adotem estratégias para evitar serem prejudicados por elas.

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Como surgiu esse “movimento” de tráfego falso?

A história do tráfego falso remonta aos primeiros dias da internet e está intrinsecamente ligada ao desenvolvimento de tecnologias de automação e à busca por vantagens no ambiente digital.

No início, o tráfego falso era utilizado principalmente para aumentar artificialmente as estatísticas de visitas e engajamento em sites e blogs. Essa prática visava atrair a atenção de anunciantes e parceiros comerciais, gerando uma aparência de maior popularidade e audiência.

Com o passar do tempo, o tráfego falso evoluiu para se tornar uma forma de fraude mais sofisticada. Bots e programas automatizados foram desenvolvidos para simular o comportamento humano, visitando sites, clicando em anúncios e interagindo com conteúdos de maneira aparentemente legítima.

Essa evolução do tráfego falso foi impulsionada por diferentes motivos, como o desejo de lucro fácil por meio de cliques fraudulentos em anúncios, a busca por manipulação de métricas para obter vantagens competitivas e até mesmo por motivações maliciosas, como espionagem cibernética e disseminação de malware.

O combate ao tráfego falso tem se mostrado um desafio constante para empresas e profissionais de marketing. A medida que as práticas de detecção e prevenção avançam, novas técnicas de tráfego falso são desenvolvidas, exigindo atualizações constantes nas estratégias de segurança e análise de tráfego.

É importante ressaltar que as autoridades e empresas de tecnologia estão atentas a essa problemática e têm investido em soluções para mitigar o impacto do tráfego falso. Porém, é necessário um esforço contínuo por parte de todos os envolvidos para combater essa prática e preservar a integridade e confiabilidade do ecossistema digital.

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Quais danos bots falsos causam?

Quando bots e usuários falsos interagem com as campanhas, sites, banco de dados ou outros ativos digitais de uma empresa, eles representam uma ameaça inerente à eficiência operacional e ao bem-estar organizacional. Os impactos negativos do tráfego falso são significativos e vão além da distorção das métricas de conversão e do desperdício de orçamentos de publicidade.

Fonte: www.conversion.com.br

Um dos problemas mais prejudiciais causados pelo tráfego falso é o desperdício de gastos com publicidade. Ao drenar os recursos destinados a clientes potenciais e clientes legítimos, esses bots e usuários falsos prejudicam diretamente a capacidade da empresa de atingir seu público-alvo de maneira eficaz. Além disso, ao poluírem o público com interações falsas, eles distorcem os dados e inviabilizam a criação de segmentos de público confiáveis para campanhas inteligentes.

Outra consequência negativa é a distorção das métricas de conversão. Os bots podem simular altos níveis de intenção ao interagir com o conteúdo e preencher formulários no site, levando a uma falsa percepção de sucesso das campanhas. Isso prejudica a análise dos resultados e dificulta a tomada de decisões estratégicas baseadas em informações confiáveis.

Além disso, os bots podem acessar os sistemas de gerenciamento de relacionamento com o cliente (CRM), desperdiçando o tempo dos vendedores ao gerar leads falsos e inflando as contas do CRM com dados inúteis. Essa sobrecarga nos sistemas afeta a eficiência operacional e reduz a produtividade das equipes de vendas.

Por fim, a presença de bots compromete a confiabilidade das plataformas de análise, distorcendo os dados e pintando uma imagem imprecisa da realidade nos sistemas de Business Intelligence (BI). Isso compromete a capacidade da empresa de tomar decisões informadas e prejudica a precisão das projeções e relatórios.

Diante de todas essas consequências prejudiciais, é fundamental que as empresas sejam proativas na identificação e proteção contra o tráfego falso. Estratégias de segurança e monitoramento contínuo são essenciais para preservar a integridade dos dados e garantir a confiabilidade das análises e tomadas de decisão.

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Como identificar Tráfego Falso em um site?

Tentativas de efetuar logins

Uma maneira comum de usar bots para comportamento malicioso são ataques de força bruta. Os scripts executados podem testar combinações ilimitadas de logins e senhas para obter acesso a sistemas privados, dando aos cibercriminosos acesso a dados confidenciais. Monitorar as taxas de sucesso e insucesso das tentativas de acesso a contas privadas é uma forma de identificar essa atividade suspeita. Ao analisar essas métricas, é possível identificar padrões e identificar possíveis ataques de bots.

Muitas visitas do mesmo IP

A análise das métricas de comportamento suspeito é essencial para garantir a segurança de um site. Um indicativo de atividade de bots é quando há várias visitas em um curto período de tempo vindas do mesmo IP. Essa alta frequência de visitas pode ser um sinal de que bots estão acessando o site. Além disso, investigar se o IP está na lista negra também pode ajudar a identificar bots maliciosos.

Informações desconhecidas

As mensagens enviadas de contas de e-mail também podem ser um recurso para identificar bots maliciosos. Se você receber mensagens que não se lembra de ter enviado, rascunhos não reconhecidos ou até mesmo respostas a mensagens que você não enviou, isso pode indicar uma atividade suspeita. Os bots podem tentar usar suas credenciais para entrar em contato com seus contatos, distribuir outros aplicativos maliciosos ou roubar novas credenciais. Ficar atento a esses sinais pode ajudar a identificar e evitar ataques de bots.

Site muito lento ou cheio de bugs

Se um site estiver extremamente lento, não abrir ou abrir de forma incompleta, e apresentar bugs frequentes, pode ser resultado de um ataque DDoS (ataque malicioso para sobrecarregar o servidor) realizado por bots. Esses bots se movem rapidamente e em grande número, fazendo várias requisições por segundo ao servidor. Isso pode levar à sobrecarga do sistema, resultando em carregamentos lentos ou até mesmo deixando o site inativo. É importante monitorar o desempenho do site e estar atento a qualquer comportamento anormal que possa indicar a presença de bots.

É fundamental adotar medidas de segurança, como monitoramento de tráfego e uso de sistemas de detecção de bots, para proteger os sistemas e dados contra atividades maliciosas. Além disso, manter-se atualizado sobre as últimas técnicas e tendências de ataques de bots é essencial para implementar as melhores práticas de segurança e evitar prejuízos para a empresa e seus usuários.

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O que fazer para evitar o tráfego falso?

Para evitar o tráfego falso e proteger-se contra atividades maliciosas realizadas por bots, existem algumas medidas que podem ser adotadas:

Implemente sistemas de detecção de bots: Utilize soluções de segurança avançadas que possam identificar e bloquear a atividade de bots em tempo real. Esses sistemas podem analisar padrões de tráfego, comportamento de usuários e outras características para identificar atividades suspeitas.

reCAPTCHA: O reCAPTCHA é uma ferramenta eficaz para ajudar a prevenir o tráfego falso e os ataques automatizados. Ele é amplamente utilizado para verificar se um usuário é um humano legítimo ou um bot.

Monitore as métricas de tráfego: Fique atento às métricas de comportamento do seu site, como taxas de cliques, tempo médio de permanência e taxa de rejeição. Variações significativas nessas métricas podem indicar a presença de tráfego falso.

Utilize autenticação em dois fatores: Adote a autenticação em dois fatores para contas sensíveis, como e-mails e sistemas de gerenciamento de conteúdo. Isso dificulta o acesso não autorizado, mesmo que as credenciais de login sejam comprometidas.

Mantenha o software e os sistemas atualizados: Mantenha seus sistemas operacionais, aplicativos e plugins sempre atualizados com as versões mais recentes. As atualizações frequentemente incluem correções de segurança que ajudam a proteger contra ameaças conhecidas.

Utilize firewalls e sistemas de proteção contra DDoS: Configure firewalls para bloquear tráfego malicioso e utilize sistemas de proteção contra ataques DDoS para mitigar a sobrecarga do servidor causada por bots.

Eduque seus usuários: Oriente seus usuários sobre práticas seguras na internet, como não clicar em links suspeitos, não compartilhar informações confidenciais e usar senhas fortes. Uma equipe bem informada é essencial para a segurança digital da empresa.

Monitore constantemente: Realize monitoramentos regulares do tráfego e do comportamento do site para identificar qualquer atividade suspeita. Utilize ferramentas de análise e sistemas de segurança para auxiliar nesse processo.

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Lembrando que é sempre importante buscar soluções específicas para o seu caso, levando em consideração as características e necessidades da sua empresa. Além disso, contar com a assessoria de profissionais especializados em segurança digital pode ajudar a implementar medidas mais eficazes para evitar o tráfego falso e proteger seus ativos digitais.

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